Na noite de 31 de Dezembro de 2019, entrei no ano de 2020 com a convicção que este novo ano seria de viragem e de mudança para mim, não consigo descrever o porquê da certeza, apenas me consigo recordar nitidamente, de um sentimento e uma sensação quase primitiva de que a minha vida ia mudar.
Nos dias subsequentes lembro-me de ter conversas com a minha mãe e com as minhas amigas e simplesmente lhes dizer que, que tinha a certeza que algo iria mudar, claro que estava longe de pensar em todas as alterações que a minha vida e o próprio mundo sofreriam.
MINDSET, esta é a palavra do ano de 2020 para mim, toda a minha forma de pensar e olhar para a vida mudou radicalmente, neste confinamento forçado, dei para mim a olhar para a quantidade de coisas que eu tenho, a quantidade de energia e dinheiro acumuladas em simples objectos.
E sim este post é sobre mindset, pois ao olhar para toda aquela acumulação de roupas no meu armário de roupa e perceber a quantidade imensa de sacos que dividi para dar e vender, percebi que esta sociedade de consumismo desenfreado, de marketing agressivo, esta sensação de urgência que nos faz querer ter o último modelo de telemóvel do mercado e as roupas tendência, me estava a afastar do meu objectivo financeiro e da minha vida de sonho.
Tenho a certeza que não devo ter sido a única a perceber a importância de começarmos a investir num consumo sustentável, a começar a investir no comércio local, de olharmos para a proveniência das coisas, passarmos a comprar menos, mas melhor e apenas quando for necessário.
Tenho lido muito sobre minimalismo, essencialismo, o poder de nos centrarmos apenas numa única coisa, para alcançarmos os nossos objectivos, não quero com isto dizer que virei uma minimalista do dia para a noite, no entanto, estou completamente apaixonada pela filosofia.
Obviamente que não vou agora pegar em tudo que tenho e me desfazer de tudo e passar a ter só 10 pecas, não é isso que eu quer dizer, vou sim, começar a usar tudo que tenho e durante um ano desafiei-me a não comprar um único artigo de roupa, jóias, sapatos, adereços e ver o resultado na minha carteira no final do ano.
O nosso mundo está doente e a culpa é nossa, matamos-nos a trabalhar para comprar coisas que não precisamos, que não nos agregam, pelo contrário, sugam-nos as energias e o dinheiro.
O dinheiro é importante, é bom, mas vamos antes focar-nos em lhe dar bom uso, seja para comprar a nossa casa de sonho, para fazer aquela viagem que está há tanto tempo na gavetinha dos desejos, seja para saltar de avião, para nos reformarmos aos 50, enfim, seja para o que for, vamos-nos permitir a sonhar e a planear a realização desses mesmos sonhos. Não vamos deixar de sonhar, esse é o combustível da alma.
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